Volt Portugal defende investimento nas empresas e um simplex 2.0
A dirigente do Volt Portugal, Inês Bravo Figueiredo, defendeu hoje o investimento claro nas empresas e na indústria portuguesas, assim como um Simplex 2.0, após a visita a um centro tecnológico na Marinha Grande.
Um grupo de elementos do Volt Portugal estiveram reunidos cerca de três horas com o diretor-geral do Centimfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos, Rui Tocha, na Marinha Grande, distrito de Leiria.
"É muito importante para todos os partidos, em especial para o PS e para o PSD, que são os partidos do arco da governação, compreenderem que não vamos conseguir melhorar a nossa vida se não tivermos um investimento claro nas empresas e na indústria portuguesas", assumiu Inês Bravo Figueiredo.
Segundo referiu, é necessário "um investimento claro" para "apoiar a indústria a dar o salto para a indústria de futuro".
"Isto começa nestes centros tecnológicos e industriais, onde precisamos de colocar muitos mais recursos", sublinhou.
Inês Bravo Figueiredo precisa que são necessários não só os "recursos europeus, mas também recursos nacionais".
"Queremos trazer uma simplificação daquilo que é a burocracia na administração pública, porque o que muitas empresas apontam como principais dificuldades para o seu crescimento é o facto de os processos serem muito morosos", revelou.
Por isso, "não é possível capturar oportunidades de investimento", alertou.
"Para nós é necessário começar já com um plano de simplex 2.0, utilizando a inteligência artificial para simplificar processos e usar a regulação para melhorar a nossa vida e não como um impedimento ao nosso desenvolvimento", acrescentou Inês Bravo Figueiredo.
Após uma breve visita ao centro tecnológico, a candidata afirmou que o que viu "é um orgulho muito grande".
"Portugal precisa de muito mais disto. Temos muitas empresas muito boas, mas que estão a ter dificuldade em dar o salto e estes centros tecnológicos podem ser as instituições que lhes vão permitir dar esse salto, porque vêm com competências técnicas e muito conhecimento", considerou.
Para a cabeça de lista do Volt Portugal, estes centros tecnológicos têm ainda "'know how' de como capturar clientes e financiamento, que, se calhar, está a faltar, o que pode ser transformador para a economia portuguesa".
Inês Bravo Figueiredo defendeu também a necessidade de se começar a desenvolver indústrias de futuro em Portugal na área do 'cluster' da saúde.
"Para nos mantermos competitivos nos próximos 10, 20 anos, vamos precisar de começar agora a desenvolver competências para as indústrias de futuro. A saúde vai ser uma das indústrias de futuro. Sabemos que há muito para fazer, o que pode trazer e criar muita riqueza em Portugal", sublinhou.
A candidata considerou ainda que "faz todo o sentido começar, e continuar, a investir nesta como uma das indústrias de futuro para Portugal", assim como "a indústria azul e a transição climática".
Entre as propostas do Volt Portugal estão, nesse sentido, o "investimento nestes 'clusters' e investimento na infraestrutura". "Temos um desinvestimento crónico na infraestrutura em Portugal. A OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento] recomenda 5% do PIB [Produto Interno Bruto] e nós estamos muito abaixo disso. Recomendamos benefícios fiscais para empresas inovadoras e que paguem salários acima da média, para começar agora a incentivar as empresas a dar o salto", revelou.