Volt mobiliza comunidades imigrantes e referências da política portuguesa e europeia para defender a inclusão

O evento destinado a celebrar a multiculturalidade e promover políticas de inclusão de imigrantes em Portugal e na União Europeia contará com a presença de referências políticas da esquerda e da direita portuguesa convidadas pelo Volt para representarem a pluralidade do centro moderado em Portugal, entre elas Ana Gomes (PS) e Tiago Mayan (IL) que subscrevem os mesmos valores. Juntam-se em Portugal líderes do partido europeu como eurodeputado Damian Boeselager, dezenas de candidatos que se apresentam às eleições europeias pelo partido nos seus respectivos Estados-Membros assim como altos representantes das comunidades imigrantes nomeadamente indiana, nepalesa, bengali e outras em Portugal.

"O Volt sente necessidade de contrariar o ressurgimento de discursos saudosistas do fascismo e de ódio contra imigrantes. Portugal é um país de emigrantes e isso deve servir-nos de referência moral da sociedade que queremos ser na hora de acolher imigrantes. Todos já percebemos que estes discursos têm como único intuito dividir-nos. Somos apologistas do diálogo, da inclusão e de uma gestão responsável das fronteiras europeias. Queremos demonstrar com este evento a importância para a Europa dos imigrantes, da sua devida inclusão e do seu contributo inegável não só para o desenvolvimento da economia portuguesa mas também para sermos culturalmente mais ricos e solidários", explica Inês Bravo Figueiredo, candidata nacional do Volt às legislativas e que também marcará presença.

O evento arranca com uma caminhada, pelas 16h00, na Rua do Benformoso em Lisboa, uma das ruas mais multiétnicas do país. Candidatos e voluntários do Volt de toda a Europa irão ao encontro de migrantes com panfletos traduzidos em diferentes línguas indianas numa abordagem que visa a inclusão destas comunidades nas eleições legislativas e europeias de 2024. De seguida, os diferentes representantes políticos e das comunidades migrantes farão discursos no Martim Moniz. A celebração culminará com a expressão artística e musical de artistas das comunidades migrantes.

"Esta iniciativa pretende assinalar o início de uma nova era no nosso país. Onde entre diferentes sensibilidades políticas moderadas exista união e diálogo para não cairmos nos erros graves do passado como a generalização do ódio e da discriminação ou dos processos de imigração assentes na exploração de mão de obra barata sem os devidos investimentos para garantir a inclusão de quem procura connosco uma vida digna e contribuir positivamente para o nosso futuro. Portugal ainda vai a tempo de evitar esses erros que países europeus cometeram no século XX e agora resultam em problemas de exclusão social sérios e de resolução complexa.” afirma Duarte Costa, co-presidente do Volt Portugal e candidato às eleições Europeias de junho deste ano.

“Os países mais prósperos atraem pessoas de todo o mundo. Portugal está a conseguir fazê-lo e isso é bom para nós. Precisamos de imigrantes para sermos a economia e sociedade do futuro que sonhamos. Mas precisamos de políticas eficazes de inclusão e de uma gestão de fronteiras europeias responsável e soberana que seja ao mesmo tempo humanista, solidária sem deixar de ser rigorosa no combate à irregularidade e à exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade”, partilha Luís Almeida Fernandes, co-candidato do Volt por Lisboa e dirigente do Volt Europa.