“Não apanhe comboio com calor”. “Não adoeça em agosto”. “Não dê à luz ao fim-de-semana”: Afinal que Estado-Membro da UE somos?
CP recomenda não viajar quando faz calor. A DGS recomenda não adoecer em agosto. Hospitais encerram urgências obstétricas ao fim-de-semana.
Co-Presidente do Volt Portugal e sua equipa, em viagem em alfa-pendular com 42℃ de temperatura, recolhem assinaturas entre passageiros e prosseguem queixa contra CP.
“Afinal as restrições continuam”, afirmam Duarte Costa e Ana Carvalho, a recém-eleita co-presidência do Volt Portugal.
A direção do Volt e a sua equipa viajaram de Lisboa para o Porto em alfa-pendular na passada sexta-feira para participar de um conjunto de ações políticas do Volt na Maia, Barcelos e Braga e relatam o ‘inferno” vivido por si e por mais 300 passageiros a bordo daquele que deveria o melhor serviço ferroviário do país. Sem ar condicionado, com temperaturas a chegar aos 42ºC, os membros do Volt recolheram 150 assinaturas entre os passageiros a bordo e apresentaram queixa formal à CP.
“Depois de dois anos de restrições pandémicas, vivemos o primeiro Verão sem estados de emergência mas repleto de recomendações ao estilo de proibições… agora causadas pela incapacidade deste governo de assegurar os serviços essenciais que afetam a saúde a mobilidade e até o momento de dar à luz”, contextualiza Susana Carneiro, também do Volt e a mais jovem mulher numa liderança partidária em Portugal.
“O Ano Europeu da Ferrovia foi o ano passado, queremos encorajar uma mobilidade alinhada com as metas climáticas, nem sequer temos alta-velocidade e é esta a CP que temos?”, indigna-se Ana Carvalho. “Com tantos biliões de euros de fundos comunitários em 36 anos de União Europeia para desenvolver e modernizar Portugal, e com tantos mais por vir com o PRR, como garantir que não vamos perder este comboio?”, questiona Duarte Costa à margem do evento da Geração Europa que decorre em Braga e onde o Volt participa para apontar caminhos para a execução do PRR.