A política local tem um impacto direto e imediato na vida dos cidadãos. E quando essa política falha, os cidadãos deixam tentar-se com miragens de soluções fáceis. Em Évora, cidade com um potencial imenso, temos assistido a anos de estagnação que não fazem jus à nossa história nem ao nosso futuro. Como membro do Volt Portugal, movimento que trouxe uma lufada de ar fresco à política portuguesa com ideias progressistas e europeístas, tenho observado como a incapacidade de diálogo entre forças políticas tem travado o desenvolvimento da nossa cidade.

A fragmentação política, em si mesma, não é um problema – é saudável numa democracia vibrante. O problema surge quando os partidos colocam os seus interesses táticos acima dos interesses de Évora e dos eborenses. No último mandato autárquico, assistimos precisamente a isso: uma paralisia decisória causada não pela diversidade de ideias, mas pela falta de vontade política para encontrar consensos para as decisões difíceis de consenso. Projetos estruturantes ficaram na gaveta, oportunidades de financiamento europeu foram desperdiçadas, e a cidade viu-se ultrapassada por municípios vizinhos que souberam unir-se em torno de objetivos comuns.

É por isso que aceitei o convite para integrar a lista da Aliança Democrática à Assembleia Municipal de Évora. Esta decisão representa aquilo em que acredito: a capacidade de colocar o bem comum acima de estratégias partidárias estreitas. O Volt sempre defendeu que a política deve ser feita de pontes, não de muros, e que o compromisso democrático exige saber trabalhar com quem pensa diferente quando os objetivos convergem.

Na Assembleia Municipal, as minhas prioridades serão claras e alinhadas com a visão reformista do Volt para as autarquias: a transição digital da administração local, tornando os serviços municipais mais acessíveis e eficientes; a mobilidade sustentável, preparando Évora para os desafios ambientais do século XXI; a participação cidadã através de ferramentas inovadoras que aproximem os eborenses das decisões que os afetam; e a captação de fundos europeus para projetos transformadores que coloquem a nossa cidade no mapa da inovação.