É preciso criar estacionamento gratuito próximo de estações e terminais

Dos 14 partidos e coligações que se candidatam pelo círculo de Leiria às próximas eleições legislativas, seis não têm assento parlamentar. O REGIÃO DE LEIRIA convidou os candidatos a apresentar as prioridades e os objetivos que esperam alcançar a 18 de maio. Os representantes dos partidos Ergue-te e Nova Direita não responderam ao inquérito.

Que prioridades defende para o distrito de Leiria?

Os dois sectores mais preocupantes no distrito, são: saúde e mobilidade. Na saúde, em linha com todo o território, os leirienses não podem viver com uma falta de consistência de serviços: falta de profissionais de saúde (hospitais, centros de saúde, lares), emergências fechadas ou horários de atendimento de especialidades quase inexistentes. O investimento na saúde, por parte dos últimos governos, tem sido cada vez maior (alcançando quase 14% do PIB Nacional), no entanto os resultados têm sido francamente medíocres. O SNS precisa de menos despesismo e privatização e mais eficiência; digitalização de processos e aposta na telemedicina; queremos as unidades de saúde a funcionar de forma mais eficiente; aposta na telemedicina, saúde preventiva em especial mental e alimentação sustentável.

Na mobilidade, não há faixas rodoviárias ou idealmente elétricas para transportes públicos em Leiria (distrito)! É preciso criar parques de estacionamento gratuitos próximos de estações de comboio, terminais rodoviários ou nas fronteiras limites dos centros urbanos. A Infraestruturas de Portugal (IP) está desde o ano passado a investir, o que nunca se viu na linha ferroviária do Oeste (melhorias de traçado e eletrificação). Os trabalhos estão atualmente em Caldas da Rainha, no final do ano devem chegar a Leiria. Extraordinariamente foram tomadas duas decisões, que nos surpreendem, quão mal é gerido o dinheiro público: decidem avançar com um novo terminal rodoviário em Leiria ao lado do estádio municipal…está a 2 km da estação de comboios (30 minutos a pé). Quando se deveria fazer um interface de transportes – tal como a câmara de Pombal fez -, comboio e autocarros juntos a menos de um minuto a pé. Aprova-se uma nova estação de comboios na zona da Barosa, que permite o acesso à linha de alta velocidade ao município de Leiria e Marinha Grande. O problema é que os responsáveis querem remover a ferrovia da linha do Oeste entre a Marinha Grande e Leiria, sendo essa estrutura usada para ligação entre os ditos municípios por autocarros elétricos. A futura estação da Barosa deve ser um interface entre uma linha inter-regional do Oeste e a linha de alta velocidade. Como fará uma residente na Nazaré, p.e, para ir para a Figueira da Foz? Quantas vezes tem de fazer transbordo? O Volt defende transportes públicos mais rápidos que o carro; comboios expressos regionais e suburbanos; intermodalidade integrada com TVDE partilhado sem custos para passageiro; subir de 1 para 10% de viagens de bicicleta até 2030. Somos o único partido político com um capítulo do programa inteiramente dedicado ao investimento ferroviário em Portugal.

Se for eleito, qual será a sua primeira iniciativa no parlamento?

Uma vez que o Volt se situa no centro, entre o PS e o PSD, é nossa prioridade estabelecer pontes de negociação entre esquerda e direita. Vejam o exemplo da Alemanha, onde os dois maiores partidos e rivais vão estabelecer um acordo para poder dar estabilidade ao país. Os atuais tempos não são para fazer birra e de duelos de ego. Somos necessários na Assembleia, para estimular as reformas necessárias que o país tanto necessita e nos colocarmos ao nível de outros países europeus. Vestimos a camisola de uma Europa progressista e desenvolvida nos quatro cantos da UE. A primeira iniciativa, e contínua, será de procurar entendimentos para que se façam reformas profundas na administração pública e na justiça, estimular o mercado laboral e um sistema fiscal mais justo e transparente.

Que resultado espera alcançar a 18 de maio?

O Volt Portugal pretende, pelo menos, eleger um deputado.