Demissão do PM: A instabilidade crónica da política portuguesa e a mobilização de cidadãos como resposta
A expectativa de honestidade que os cidadãos têm de quem exerce cargos políticos, sobretudo cargos de alto nível como o Primeiro-Ministro, foi posta em dúvida. Por outro lado, a demissão de António Costa mostra-nos como a democracia portuguesa está a funcionar, e em particular que a investigação judicial nos garante que ninguém está acima da lei, nem mesmo o Primeiro-Ministro.
Dada a gravidade destas suspeitas de crime que levaram à interrupção da legitimidade democrática deste governo, o Volt Portugal pede mais transparência e esclarecimentos públicos da parte do Supremo Tribunal de Justiça sobre os contornos ainda por explicar do processo crime alegadamente levantado contra o Primeiro-Ministro e que conduziu a esta crise política.
O Volt Portugal apela ao Presidente da República que viabilize o funcionamento da Assembleia da República para que o OE2024 seja discutido e aprovado, na solução política que propuser. Tal permitiria que medidas importantes para os portugueses em 2024 como o aumento do salário mínimo, das pensões, a descida do IRS nos escalões contemplados, as medidas do IRS Jovem e do alargamento do passe sub-23 gratuito a todos os jovens do país, avançassem.
Segundo Ana Carvalho, co-presidente do Volt Portugal, “é necessário garantir a estabilidade política suficiente para aprovar o Orçamento de Estado, e prosseguir com a execução da aplicação dos fundos europeus, principalmente o PRR”. Duarte Costa, o co-presidente do Volt e cabeça-de-lista às Europeias, reitera que “Portugal precisa de renovar o centro democratico com urgência e quebrar o ciclo do bipartidarismo com alternativas sólidas e sem alimentar a escalada do populismo assente no ódio e manipulação.”
O Volt acredita que Portugal precisa que os novos partidos democráticos e progressistas colaborem para serem o futuro político da democracia portuguesa, fazendo frente aos extremismos. É necessária inovação política para colocar Portugal a convergir com a Europa, através de projetos políticos agregadores e plurais que conciliem propostas para um mercado verdadeiramente europeu, livre e globalmente competitivo, com um Estado eficiente e regulador que garanta justiça social e uma transição energética que alavanque uma economia produtiva, resiliente e dentro dos limites do planeta.
O Volt apresenta-se em Portugal como uma nova plataforma política europeia, de origem pan-europeia independente das lógicas e vícios partidários nacionais, e convida todos os portugueses que queiram contribuir para a renovação da política portuguesa a considerarem este lado da democracia: o da mobilização de cidadãos para ocuparem lugares de representação política.