Volt ambiciona resultado que permita uma subvenção pública e um lugar na Assembleia
O Volt ambiciona ter "50 mil votos a nível nacional" para poder ter "uma subvenção que permita trabalhar em igualdade de circunstâncias com os outros partidos" e "passar a barreira da elegibilidade".

O copresidente do Volt Duarte Costa disse esta sexta-feira ambicionar chegar aos 50 mil votos nas eleições de domingo para ter direito à subvenção pública e definiu como objetivo “passar a barreira da elegibilidade”.
No último dia de campanha, o cabeça de lista por Lisboa frisou que o crescimento do partido pode permitir duas coisas importantes, “50 mil votos a nível nacional” para poder ter “uma subvenção que permita trabalhar em igualdade de circunstâncias com os outros partidos” e também “passar a barreira da elegibilidade”.
A lei prevê que os partidos têm direito a uma subvenção prevista se tiverem obtido um número de votos superior a 50 mil, ainda que não tenham conseguido eleger deputados à Assembleia da República. Numa ação de campanha no ISCTE, Lisboa, sobre mobilidade e transportes, Duarte Costa sublinhou a ambição do partido em apostar na ferrovia e recorrer menos ao transporte aéreo doméstico e ibérico.
“Essa redução substancial do tráfego doméstico e ibérico e também a redução deste trânsito de stopovers de pessoas que usam o aeroporto de Lisboa para vir de outras partes da Europa para outros países europeus, se nós reduzíssemos todos esses voos que não fazem falta a Portugal, porque há alternativas ou porque não têm valor acrescentado, nós não precisávamos de ter tantos aviões em Lisboa”, acrescentando que, assim, não seria necessária “uma nova infraestrutura aeroportuária”.
O partido convidou para o debate ao ar livre no largo do ISCTE o eurodeputado do Volt Alemanha, Kai Tegethoff, que é membro do Comité de Transportes e Turismo no Parlamento Europeu. Sob a constante passagem de aviões, o candidato chegou mesmo a dar por exemplo um avião que sobrevoou a universidade durante a entrevista. “Este não foi tão mau porque passou um bocadinho mais alto e não é tão grande, é um voo provavelmente europeu, não é intercontinental”, adiantou.
Durante a conversa, Duarte Costa, aludiu aos estudantes que “são dos mais afetados pelos aviões”, a assistirem ao debate que contava com cerca de duas dezenas de pessoas afetas ao partido. O eurodeputado Kai Tegethoff, questionado pela agência Lusa sobre a sua expectativa para as eleições portuguesas, manifestou-se entusiasmado com a ação do Volt nesta campanha eleitoral e afirmou que o partido traz “um pouco de vento fresco na política” e disse ainda que acredita que o Volt consiga eleger um deputado.
"É claro que espero, seria um ótimo sinal”, acrescentou Tegethoff, reconhecendo também que se trata de um “território difícil para os novos partidos participarem efetivamente e serem eleitos”.
Nesta iniciativa, elementos do Volt fizeram contactos com os estudantes mas o debate não teve a adesão do jovens do ISCTE. Duarte Costa optou por responder a questões colocadas pelos seguidores do partido nas redes sociais, uma vez que o evento estava a ser transmitido em direto nas redes sociais do Volt.